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História dos Surdos no Brasil e no Mundo

História dos surdos

A história dos surdos revela todas as lutas e conquistas de pessoas que dia a dia superam inúmeros desafios.

Por meio dela, também é possível ver como a sociedade tem se desenvolvido e, pouco a pouco, construindo um mundo mais inclusivo.

 

A história dos surdos no mundo

 

Para contar a história dos surdos é preciso consideramos referências bem antigas.

 

Na Grécia Antiga os surdos sofriam

 

A história dos surdos passa por uma mudança radical na antiga sociedade grega.

Para os antigos gregos, as pessoas surdas eram tidas como incapazes de raciocinar e incompetentes.

Dessa forma, os surdos não podiam ter qualquer espécie de direito, sendo muito discriminados pela sociedade como um todo.

Nos casos mais extremos, as pessoas surdas chegavam a ser condenadas à morte.

Entretanto, mesmo em meio a uma profunda discriminação, Sócrates, um dos mais notáveis filósofos gregos, no ano de 360 a.C afirmou ser aceitável que os surdos tivessem uma comunicação que utilizasse o corpo e as mãos.

 

No Egito, os surdos eram visto como deuses

 

A história dos surdos também tem importantes referências nos antigos egípcios.

Nessa antiga sociedade, os surdos eram considerados como deuses. Ou seja, eles eram adorados e tinham por função realizar uma mediação entre os faraós e os deuses.

Devido a essa posição de autoridade e prestígio, os surdos eram muito respeitados e até mesmo temidos pela sociedade.

 

 

Surdos na Roma Antiga

 

A antiga sociedade romana foi totalmente influenciada pela cultura grega.

Por esse motivo, na Roma Antiga, as pessoas surdas eram vistas com os mesmos preconceitos existentes na Grécia Antiga.

Quem apresentava deficiência auditiva era tido como imperfeito. Dessa forma, as pessoas surdas eram excluídas quase que totalmente do convívio social.

 

A Igreja Católica e a história dos surdos

 

Santo Agostinho (354 d.C – 430 d.C), um dos nomes de maior relevância na Igreja Católica, chegou a dizer que uma pessoa era surda pelo fato de os pais precisarem pagar pecados anteriormente cometidos.

Entretanto, Santo Agostinho, assim como o filósofo grego Sócrates, defendia a ideia de que os surdos podiam se comunicar utilizando gestos.

Nesse contexto, a comunicação por meio de gestos era considerada como um importante recurso para a salvação da alma.

Em 700 d.C, John Beverly, um bispo inglês, foi a primeira pessoa a ensinar um surdo a se comunicar.

Por essa razão, ele é lembrado como um dos pioneiros no processo de educação dos surdos.

Por mais que o bispo Beverley seja considerado pioneiro na educação de pessoas com deficiência auditiva, o reconhecimento formal como primeiro professor para surdos foi dado a um monge beneditino chamado Pedro Ponce de León (1520-1584).

O reconhecimento de Pedro Ponce foi obtido pelo fato de ele ter criado o alfabeto manual que ajudou as pessoas surdas a soletrarem as palavras.

Juan Pablo Bonet (1573-1633) seguiu o trabalho que começou por meio de Pedro Ponce.

Bonet ensinava os surdos a lerem e falarem usando um método diferenciado, que era classificado como método oral.

 

A história dos surdos no Brasil

No nosso país, a história dos surdos teve seu início no período do segundo império, que era liderado por Dom Pedro II.

O segundo império começou em 1840 e finalizou em 1889, devido à Proclamação da República.

Devido a um convite de Dom Pedro II, em 1855, o conde e professor francês Eduard Huet veio de mudança para o Brasil.

A missão desse professor era ensinar uma metodologia já adotada na França, e grande parte da Europa, para a educação das pessoas surdas.

Em decorrência do brilhante trabalho de Huet, foi fundado no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, o Imperial Instituto Nacional de Surdos-Mudos.

Essa fundação ocorreu no ano de 1857 e foi um dos grandes marcos para a história dos surdos brasileiros.

Nos dias atuais, o instituto criado por Eduard Huet recebe o nome de Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES.

Nos anos 70, o instituto já disponibilizava um tratamento adequado e diferenciado para bebês que apresentavam surdez.

Na década de 80, o INES reforçou as pesquisas com relação à Libras – Língua Brasileira de Sinais.

Além disso, esse instituto dedicou-se ainda mais a pesquisas e estudos sobre as metodologias e processos utilizados na educação de surdos.

A partir dessas pesquisas, foi criado o primeiro curso em nível de especialização para professores que atuam na educação para surdos.

O reconhecimento da Libras tornou-se uma realidade em 2002, com a lei nº 10.436.

Essa foi uma das mais importantes conquistas da comunidade surda brasileira.

Por meio desse reconhecimento, foram ampliados o ensino e difusão da Língua Brasileira de Sinais.

 

Nomes de destaque na história dos surdos

 

– Alexandre Graham Bell: cientista e inventor que defendeu a oralização das pessoas surdas.

– Jean Itarde: primeiro médico que se dedicou de maneira mais profunda à surdez.

– Helen Keller: surda e cega aos 7 anos, a história de Helen é conhecida em todo o planeta. Ela foi escritora, conferencista e ativista social.

– Thomas Braidwood: fundou uma escola para pessoas surdas na Europa.

– Thomas Hapkins Gallaudet: importanteeducador que fundou uma escola para surdos nos Estados Unidos, em 1817. Gallaudet também foi determinante para a criação da Língua Gestual Americana.

Além de aprender a história dos surdos, veja nossos outros temas de grande importância para as pessoas que apresentam deficiência auditiva.

 

 

 

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