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Primeira Escola de Surdos no Brasil 1857 (INES)

Primeira escola de surdos no Brasil 1857

A fundação da primeira escola de surdos no Brasil 1857 foi um grande acontecimento no país.

Trata-se de um divisor de águas para a comunidade surda brasileira, já que, a partir dessa instituição, também foi criada a Língua Brasileira de Sinais.

 

Como tudo começou?

 

O início da primeira escola de surdos no Brasil 1857 ocorreu graças à iniciativa do Imperador Dom Pedro II.

Muito atuante nas áreas de educação, elaboração de projetos sociais e cultura, o imperador tinha uma constante preocupação em atender as necessidades da população.

Uma das preocupações de Dom Pedro era fundar uma instituição que fosse capaz de proporcionar uma educação de qualidade para as pessoas surdas.

Por isso, o imperador passou a procurar pelo mundo, especialmente na Europa, por profissionais renomados na área de educação para surdos.

Nesse período da história brasileira, a Corte Portuguesa ficava na cidade do Rio de Janeiro.

Dessa forma, o objetivo de Dom Pedro II era fundar a primeira escola de surdos na cidade do Rio de Janeiro, que concentrava grande parte da população.

 

O fundador da primeira escola de surdos brasileira

 

Para compreender como foi criada a primeira escola de surdos no Brasil 1857 é necessário saber algumas informações sobre Ernest Huet.

Nascido em 1822, ele era membro de uma família da nobreza francesa. Quando era adolescente, além do francês, Huet falava muito bem o português e o alemão.

Pelo fato de pertencer a uma família com excelente condição econômica, Huet desde cedo teve acesso à melhor educação da Europa e exatamente por isso obteve grandes avanços nos estudos.

Quando tinha 12 anos, Huet contraiu sarampo. Devido a essa doença, ele ficou surdo.

Mesmo após ficar surdo, Huet aprendeu espanhol e iniciou estudos no renomado Instituto Nacional de Surdos de Paris.

Depois de muita dedicação, ele tornou-se professor e, tempos depois de ter se formado, obteve o cargo de diretor no Instituto de Surdos de Bourges.

No ano de 1851, Ernest Huet se casou com Catalina Brodeke. Em 1855, juntamente com a esposa, Huet mudou-se para a Corte Portuguesa, localizada no Rio de Janeiro.

Um dos fatores que mais facilitaram a vinda de Huet ao Brasil foi o fato de ele saber falar português.

 

É fundada a primeira escola de surdos no Brasil 1857

 

Em 1857 é fundada a primeira escola de surdos no Brasil graças ao trabalho de Ernest Huet.

No começo, essa escola recebeu o nome de Imperial Instituto Nacional de Surdos-Mudos.

As atividades educacionais no instituto foram iniciadas no dia 26 de setembro de 1857.

Nesse período, quando não havia muito esclarecimento com relação à surdez, ela era sempre associada à mudez. Exatamente por este motivo o instituto recebeu este nome.

 

A importância da Língua de Sinais Francesa

 

A partir do momento que a primeira escola de surdos no Brasil 1857 foi criada, Ernest Huet usava uma metodologia francesa.

Por esse motivo, a maior parte dos ensinamentos de Huet tinham suas referências na Língua de Sinais Francesa.

Ao passo que Huet adaptava a língua de sinais francesa à comunicação usada no Brasil, foi aos poucos se desenvolvendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O surgimento da Libras consistiu em um imenso marco na história dos surdos brasileiros.

Essa língua se transformou no principal recurso para que as pessoas surdas possam se comunicar no dia a dia utilizando um padrão.

O uso da Língua de Sinais Francesa também foi fundamental para que fosse criada a Língua de Sinais Americana, que é uma das mais utilizadas no planeta.

 

INES – Instituto Nacional de Educação dos Surdos

 

Nos dias atuais, a primeira escola de surdos no Brasil 1857, recebe o nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES.

Ligada ao Ministério da Educação, essa instituição é de alta relevância para a comunidade surda brasileira e desenvolve atividades em diferentes áreas.

Esse instituto consiste na maior referência no Brasil quanto ao ensino, aprendizado e divulgação da Libras.

Toda população brasileira deve essa imensa conquista à iniciativa de Dom Pedro II e à dedicação de Ernest Huet, que por muitos anos esteve à frente do instituto.

 

 

 

 

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